Anna Francesca Boscardin nasceu em uma família humilde de camponeses de Brendola, na Itália, em 06 de outubro de 1888. Desde cedo, trabalhou na lavoura e realizava serviços domésticos para outras famílias da cidade.

Sempre muito religiosa, aos 16 anos ingressou na Congregação das Mestras de Santa Dorothea, Filhas do Sagrado Coração, em Vicenza. Nos primeiros anos de convento, trabalhava como cozinheira e estudava enfermagem. Quando fez seus votos religiosos, assumiu o nome de Irmã Maria Bertilla.

Quando concluiu seus estudos de enfermagem, passou a atuar como enfermeira no hospital da cidade de Treviso. Como enfermeira, era dedicada, caridosa e misericordiosa e atendeu inúmeras vítimas de confrontos da 1° Guerra Mundial. Aos seus pacientes terminais, levava palavras de amor, conforto e fé, aliviando a aflição que sentiam. Seu trabalho no hospital levou a conversão à fé católica de muitos pacientes.

Aos 22 anos foi diagnosticada com um câncer e passou por cirurgia e tratamentos. A experiência a tornou ainda mais sensível e compreensiva com seus pacientes, solidificando a sua missão de levar alento e conforto àqueles sofriam. Bertilla sofreu durante 12 anos com o câncer, mas até onde pôde, não permitiu que a doença se colocasse como empecilho ao seu trabalho no hospital. Ela faleceu em 1922, aos 34 anos de idade, em decorrência da doença.

Tornou-se símbolo da caridade cristã e intercessora daqueles que lutam contra o câncer, sendo o seu túmulo um local de oração e pedidos de intercessão, muitos atendidos. Os relatos de intercessão levaram a sua beatificação, em 1952 pelo Papa Pio XII e, posteriormente, a sua canonização em 1961 pelo Papa João XXIII.